Este é o tema geral das entrevistas que o João Mateus faz, pelos mais diferentes meios. Ele é o criador da “What Drives Youth”, uma associação que visa ajudar os jovens a definir os seus objetivos e a descobrir qual é o tipo de atividade que pretendem vir a ter no futuro.
Tivemos um contacto fortuito resultante da participação num Summit da Gap Year Portugal, e nessa altura o João manifestou interesse em entrevistar-me. Quando soube que eu tinha escrito um livro manifestou interesse em lê-lo antes de me fazer a entrevista.
Passaram algumas semanas e recordo que numa altura em que o contactei para saber se ainda estava interessado na entrevista disse-me que ainda não tinha terminado o livro mas que estava a “beber todas as páginas”. Nunca esqueci a expressão, até porque nunca a vira utilizada.
Marcámos finalmente o dia da conversa e sugeri o Jardim da Estrela. É um local que frequento, fica perto de minha casa e tinham-me feito uma outra entrevista nesse mesmo local umas semanas antes.
Naquele dia havia o ruido de obras ali perto, mas consegue-se entender tudo o que dizemos, se bem que com ruido de fundo. E, de vez em quando, os sinos da Basílica.
Encontrámo-nos finalmente em pessoa e conversámos um bocado antes de o João iniciar a gravação da conversa através do seu telemóvel.
Começou por me avisar que as entrevistas dele não costumavam conter as perguntas habituais. Nada me podia ter deixado mais contente. Estava farto de ter que responder sempre ao mesmo estilo de perguntas.
E eram de facto bem diferentes do habitual. Revelavam uma leitura atenta do Facing Challenges, e uma enorme capacidade para descobrir pormenores nas histórias que possivelmente terão escapado à maior parte dos leitores.
Se a entrevista correu bem e é interessante o mérito é do entrevistador. As questões que colocou, algumas inesperadas, deram-me aso a que pormenorizasse e esclarecesse pequenos episódios, por vezes até frases, que figuram no livro.
O João, que estava comigo pela primeira vez, conseguiu mostrar que tinha ficado a conhecer melhor certas caraterísticas minhas que muita gente que lida comigo há décadas. Isto revela uma argúcia e sensibilidade muito acentuadas.
Sou, e sempre fui, uma pessoa reservada no que diz respeito à minha vida pessoal mais íntima. Essa natureza pode ser constatada por quem ler o livro com atenção. Nenhum relato ou consideração mais pessoal aparece ao longo das 450 páginas.
Mas claro, não posso evitar deixar transparecer, em certas circunstâncias, os meus interesses pessoais, o que me move, o tipo de pessoa que sou. E o João conseguiu apanhar tudo isso só lendo o livro. Notável!
Aproveitei para procurar conhecer melhor a atividade do João Mateus. É muito interessante. Ganhou em mim mais um seguidor interessado. Espreitem aqui: What Drives Youth (substack.com). Vão ver que vão gostar.
E já agora, caso as minhas respostas vos tenham despertado a curiosidade e pretendam adquirir um exemplar do livro, podem fazê-lo contactando comigo para aqui.
É uma edição de autor e ainda tenho alguns exemplares em casa, em duas caixas que espero ver vazias, pois são as que ainda restam.
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