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Comboios - 2

O programa da SIC sobre comboios de ontem à noite desapontou-me um pouco. Espero que o de hoje seja melhor. Ora vamos lá continuar com as minhas histórias.


No triângulo Paris – Bruxelas – Estrasburgo decorreram durante vários anos muitas das minhas viagens de comboio, normalmente relacionadas com as minhas funções a nível internacional.

Bélgica - A sede da EFIL (European Federation for Intercultural Learning) em cuja direção estive vários anos ficava em Bruxelas. O EIL (Experiment in International Living) criou, por minha sugestão, uma sede europeia em Bruxelas. O ICYE (International Christian Youth Exchange) que também representei, teve algumas reuniões na Bélgica.

As reuniões que tinha, por vezes, com Direções-Gerais da EU decorriam em Bruxelas.


França - Por outro lado, o Conselho da Europa estava sediado em Estrasburgo, perto do European Youth Center onde decorreram inúmeras reuniões internacionais em que participei, algumas das quais até organizadas, em parte, por mim.

Em Paris e outros locais de França também decorriam por vezes reuniões em que eu participava, pelo que Paris era muitas vezes o ponto até onde ia de avião, apanhando depois comboios para o destino final. Várias vezes apanhei o TGV, rápido e com um bom serviço de bordo.

Apenas uma vez tive um desentendimento com revisores franceses devido à maneira como destrataram uns emigrantes portugueses que viajavam na mesma carruagem que eu. De todas as pessoas que iam na carruagem foram os únicos a quem exigiram documentos de identificação, e eu não gostei.


Luxemburgo – Fui algumas vezes de comboio ao Luxemburgo, sobretudo durante a época em que organizei programas para jovens luso-descendentes a viver no Luxemburgo. O que mais me divertia era constatar que assim que entrava no Luxemburgo já ouvia gente a falar Português por todo o lado.


Reino Unido – Fiz algumas vezes o trajeto entre Londres e Bournemouth, ou Brighton, ambas no Sul de Inglaterra, de comboio. Fiz também outros percursos, não demasiado longos, até cidades nunca demasiado afastadas de capital. O “countryside” inglês é lindo e variado. Nunca me cansava de ir a apreciar a paisagem durante a viagem.

Fiz algumas viagens, mais longas, entre York e Londres. Foi numa dessas viagens em que regressava a Londres que de repente toda a gente começou a comentar algo. Acabavam de noticiar que a princesa Diana de Gales tinha tido um sério acidente de automóvel e constava que teria falecido. Claro que mal cheguei a Londres obtive logo todos os pormenores sobre o trágico acidente.


Suíça - Na Suíça, onde comecei a ir com maior frequência quando comecei a representar o Swiss Education Group (SEG) em Portugal, apanhava sempre o comboio no aeroporto de Genebra que me levava até ao centro de Montreux. A sede do SEG fica a poucos metros da gare.


Aproveitei as idas a reuniões para fazer alguns passeios de comboio pelas paisagens de montanha espetaculares que aquele país nos proporciona. Para quem não está habituado, as montanhas, os longos túneis e os lagos tornam aquelas viagens únicas.

Em Lucerna, quanto a mim a cidade mais bonita da Suíça, não podia deixar de visitar o famoso Museu do Transporte.

Ainda na Suíça apanhei por vezes uns pequenos comboios que se limitam a subir até locais onde se pode ir para gozar da vista ou fazer ski ou parapente. Um desses comboios para em frente a uma das escolas que represento, a SHMS, e os nossos estudantes têm direito a transporte gratuito.

República Checa – Neste país, numa altura em que trabalhava com uma universidade situada em Olomouc, fiz algumas vezes o trajeto de comboio entre Olomouc e Praga. Comboios normais mas com preços muito especiais para pessoas a partir de determinada idade.



Hungria – Na Hungria fui uma vez de Budapeste a Szentendre, uma pitoresca cidade de arquitetura barroca e muitas galerias de arte, à qual se podia aceder por um pequeno comboio gerido, pelo menos aparentemente, por jovens pertencentes aos “pioneiros” o correspondente nos países de leste nessa altura aos escuteiros do ocidente. Atendendo ao ódio que os húngaros revelavam em relação a tudo o que fosse soviético não sei se esse sistema ainda existe.


Bom, hoje vou ficar por aqui. Vamos lá a ver se amanhã consigo concluir os meus relatos sobre os comboios que conheci.

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