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Cuidado com a língua!

Um dos perigos que resultam do conhecimento incompleto de outro idioma é o facto de por vezes surgirem palavras quase idênticas com significados completamente distintos nos dois idiomas. E por vezes não só são distintos como perigosos, pois têm significados que não são aceitáveis numa relação social ou profissional.


Todos conhecemos os termos portugueses que no Brasil têm significados bastante distintos. Mas isso também se verifica com certa frequência quando falamos as duas línguas mais próximas da nossa, o Espanhol e o Italiano.


Numa altura em que a minha empresa estava ligada a uma empresa espanhola e os contactos eram frequentes surgiram várias situações de confusão, por vez até de embaraço. A propósito, uma rapariga portuguesa que esteja num país de língua espanhola nunca deve dizer que uma situação a deixou “embaraçada”. Vai fazer levantar muitas sobrancelhas.



Certo dia o meu parceiro espanhol ligou-me de Madrid a pedir uma informação que implicava eu ter que a ir procurar a outro local. Como estava a fazer um trabalho que não queria interromper disse no meu “melhor” castelhano: Mira Paco, todavia no puedo porque estoy en mi secretaria. Do lado de lá saiu um HOMBRE! dito com tal ênfase que percebi logo que tinha metido a pata na poça. Depois lá consegui perceber que a mesa a que chamamos secretária em Espanhol diz-se “despacho” e o que eu tinha dito…enfim!


Mas houve mais, muitas mais situações divertidas que se passaram comigo e que poderei contar pessoalmente a quem as quiser ouvir.


A palavra mais perigosa e que nunca devemos usar em Itália é qualquer forma do verbo ficar. Certo dia no aeroporto de Milão um casal português, dirigindo-se ao motorista do autocarro que o ia levar ao hotel disse no que considerava ser um ótimo Italiano “io voglio ficare…”. Mandei-os calarem-se rapidamente porque o motorista já olhava para eles com um ar muito desconfiado.


As pessoas do sexo feminino que são do Minho nunca podem dizer em Itália que são minhotas. Vão ver a cara com que olham para elas.


Também aconselho vivamente a qualquer português que tenha o apelido de Malaquias que evite usá-lo na Grécia. Perguntem a um grego que ele explica.



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