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Foto do escritorantvaladas

Eu e o desporto

Sempre gostei muito de desporto e pratiquei ou, na maior parte dos casos, experimentei várias modalidades, mas nunca fui particularmente bom em nenhuma. Mas como ando em maré de confissões lá vai um apanhado do que foram as minhas experiências desportivas.


Começo pelo futebol, como não podia deixar de ser. Sempre gostei de ver e, em novo, de praticar. Logo no ensino secundário me dei conta que não era particularmente dotado com os pés, mas em compensação gostava do lugar de guarda-redes e era bastante arrojado em certo tipo de lances. Pois fiquei guarda-redes toda a vida.


Tive a sorte de não ser uma posição em que encontrasse grande competição, pelo que fui guarda-redes da minha base na Força Aérea, no Turismo, e em grande variedade de equipas amadoras por que passei.


Era excelente a sair-me aos pés dos adversários, ou a fazer mancha com o corpo, péssimo no jogo aéreo. Bom a lançar-me para a esquerda, um furo do lado direito. Mas lá me ia safando.


Em desportos com bola experimentei andebol, basquete e volei e em nenhum fui nada de especial.

Já no hóquei em patins fui uma exceção. Fui muito novo para a Liga de Algés, para guarda-redes, para variar. Era bonzinho nos juvenis e juniores e cheguei a ser convocado para os treinos da seleção nacional, mas daí não passei.


Ainda joguei duas temporadas nos seniores, mas depois deixei.

Devo explicar que naquele tempo nas equipas jovens não era obrigatório o guarda-redes usar máscara. Quase todos os meus colegas usavam, mas eu, armado em bom, só a colocava para defender os penaltis. Só que quando cheguei aos seniores a bola vinha com muito mais força e passei a usar a máscara sempre.

Descobri que ainda havia uma fotografia dos meus tempos de júnior no livro do centenário da Liga de Algés e não descansei enquanto não consegui que me cedessem uma cópia.


Sempre gostei imenso de jogar ping-pong e era razoável. No Jardim Cinema, que ficava ao pé do Liceu Pedro Nunes, havia matraquilhos mas também mesas de ping-pong e sempre que podia ia para lá.


Mais tarde decidi experimentar o ténis, pensando que era parecido. Pura ilusão. Ainda joguei um bocado, mas o meu nível foi sempre baixíssimo.


Quanto a ciclismo, sabia andar de bicicleta, mas daí não passava. Lembro-me de quando andava a aprender ter medo de travar, o que é uma coisa perfeitamente idiota, mas que sei que acontece algumas pessoas.


Vamos agora para a água. Remo, só fiz no lago do Campo Pequeno, e a vela, contra uma tradição que vinha do lado materno da família, nunca me atraiu.


Andei na natação no Algés e Dafundo e, pelo menos, aprendi a nadar o mínimo necessário para estar à vontade dentro de água.


Mas descobri uma capacidade estranha que em mim é inata e que não consigo explicar. Se me deitar de costas para boiar, fico logo como se estivesse numa cama. Cruzo as pernas, ponho os braços debaixo da cabeça e posso ficar a boiar o dia todo, sem fazer qualquer esforço.


Houve uma vez que essa minha capacidade me podia ter saído cara. Deitei-me a boiar ao largo da Praia da Rainha, em Cascais, e estava um dia tão agradável que creio que passei pelas brasas. Acontece que havia uma ligeira corrente e quando abri os olhos dei-me conta que já ia em direção à Boca do Inferno.


Bom, mas agora vem um desporto em que posso dizer algo de especial a meu respeito. O ski aquático. Aprendi em 1956, em Lake Arrowhead, na Califórnia, com os meus irmãos americanos em casa de quem estava nessa altura. Nunca fui tão bom como eles, mas creio que devo ter sido um dos primeiros portugueses a praticarem essa modalidade.

Faltava a equitação, e aqui não podia faltar uma história. Mas acabo de me dar conta que se passou em 1993, no Wyoming e que todo o relato em que se insere essa história acabou por não figurar no meu livro.


Portanto, estejam atentos e não percam a história que dá pelo título “Jackson Hole”. Vai já sair daqui a poucos dias.


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