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Foto do escritorantvaladas

O que vi pela primeira vez

Sugiro a quem me estiver a ler que tente imaginar como seria a vida em Portugal em 1956. Só assim poderá entender muitas das coisas que vi e situações por que passei ou presenciei que foram novidade para mim. Algumas verdadeiras e inesperadas surpresas.


- A maior parte das pessoas viver em moradias

- Os jardins das casas não terem muros

- As casas serem em madeira

- Muitas portas da rua não estarem fechadas à chave

- O ar condicionado


- A televisão (É verdade! Apareceu em Portugal na altura em que eu estava lá)

- Os inúmeros canais de televisão

- Os cinemas drive-in

- Os restaurantes drive-in

- Os hamburgers

- Os “submarines” (sanduiches muito compridas)


- Não haver facas no refeitório da escola

- Os carros com mudanças automáticas

- As Proms

- Aulas de condução ser uma disciplina como as outras

- As instalações desportivas das escolas

- O sistema de cada professor ter a sua sala

- As school buses amarelas (já as conhecia dos filmes)

- As eleições para a associação de estudantes na escola

- Um candidato à Presidência a fazer um comício à porta da nossa escola

- O facto de toda a gente ir a um culto da sua religião ao domingo (ou sábado)

- A variedade inesperada de religiões dentro do Cristianismo

- Andar de ski aquático (devo ter sido dos primeiros portugueses que praticaram esse desporto)


- O café servido em chávenas enormes

- Quase todos os estudantes terem um trabalho em part time

- Não haver empregadas nas casas (só nas de pessoas muito ricas)

- As modas na roupa e nos penteados

- O hábito nas famílias de “say Grace” antes das refeições


- Ninguém, nem mesmo professores, fumar na escola

- Grande parte das famílias não beberem álcool

- Toda a gente se falar, mesmo sem se conhecer


- Os cumprimentos: Hi, sem qualquer contacto; aperto de mão, só em ocasiões formais; beijos, impensável; “hug” abraço, só em situações muito especiais

- Na escola só se usarem lápis. Canetas, nem pensar


- Nas cidades poder virar à direita mesmo quando está sinal vermelho

- Toda a gente conduzir SEMPRE dentro das faixas de rodagem

- Mudar de faixa ser precedido SEMPRE de sinalização


- A mania de gostarem de tudo o que é grande (têm o maior do mundo de tudo quanto se possa imaginar, julgam eles)

- A ignorância quase geral sobre como é o resto do mundo

- A gordura exagerada de muitas pessoas

- O talento musical e teatral dos jovens


- Fazerem todas as reparações, casa ou carro, por si próprios

- O respeito total pelas horas e marcações horárias

- As limousines

- O leite às refeições para a maior parte dos jovens

- Hollywood

- Os arranha-céus de Nova Iorque

- A Disneyland

- As casas das vedetas de cinema de Hollywood

- Ter estado dentro do relvado da Casa Branca a ser recebido pelo Presidente

- O sistema de “dating” (ter um/a parceiro/a) para ir às festas


- O preço indicado nas lojas nunca ser o que pagamos. Em letras minúsculas está escrito a um canto “plus tax”

- Ter andado numa avioneta particular em Phoenix. Há parques de estacionamento para avionetas como cá havia para automóveis

- Os clubes das senhoras americanas sobre todos os temas que pudermos imaginar

- Toda a gente tratar-se pelo primeiro nome


- Cinemas com sessões continuas. Poder entrar-se a qualquer hora e não haver lugares marcados.

- A enormidade de pipocas e bebidas consumidas durante os filmes (O hábito surgiu em Portugal uns vinte ou trinta anos mais tarde).

- Embalagens de tudo o que se come nos cinemas deixado no chão junto às cadeiras

- As pessoas comentarem e baterem palmas durante o filme


Tendo voltado várias vezes aos Estados Unidos até hoje, devo dizer que continuam a ser um povo acolhedor, mas com conhecimentos limitados e ideias estereotipadas sobre a realidade nos outros países (isto já não está no livro).





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